História

História Tourega

TOUREGA

A designação mais antiga que se conhece da Freguesia era Ourega, estando referida desde o século XIII, recebe o seu nome através do Orago de N.  Sr.ª da Assunção da Tourega, a mesma dista 13 Km da cidade de Évora, onde tem sua a sede de concelho, está situada na margem esquerda da ribeira de Valverde, junto da estrada romana que ligava Évora, a (Ebora Liberalitas Iulia) a Alcácer do Sal (Salácia). A pré-história marca também a sua notável presença constatável pelas diversas construções megalíticas que surgem na paisagem da região, marcando a ocupação humana deste território. Em primeira linha surge a Herdade do Barrocal com as suas Antas, seguidamente surge Mitra/Valverde com a Anta Grande do Zambujeiro, a maior da Península Ibérica, sendo ainda de  notar o complexo megalítico de Vale Rodrigo (4000 a.C. a 3000 a.C.).

Aqui podemos encontrar a Villa Romana da Tourega, ocupada entre o século I d. C a IV d. C., constituída por uma casa senhorial, onde se destaca o admirável complexo balnear, inserido no latifúndio romano ali existente. Esta Villa Romana já era conhecida no século XVI, como refere o humanista André de Resende mais tarde nas Notícias da Tourega 1736, o padre Manuel Carvalho Vidigal referia; que não afastadas da igreja paroquial existiam então ainda as ruínas de edifícios conhecidas pela designação de «as Martas», as quais «mostram – que foram antigamente lagos ou tanques de banhos que usavam os romanos, porquanto a sua forma é de tanques grandes e pequenos»., refere que foi encontrada uma fonte epigráfica, «Defronte da porta principal da igreja, debaixo do alpendre, está uma pedra que dizem se desenterrou neste mesmo sítio é de mármore, em forma de sepultura, e bem moldada, com a inscrição em letras romanas ou latinas, e dela faz menção o padre Mestre Resende».

A igreja paroquial de N. Sr.ª da Assunção da Tourega já era referida em 1469, tem o seu portal principal orientado a poente, tendo sofrido uma intervenção do século XVI, ordenada pelo Arcebispo de Évora, D. Teotónio de Bragança. No decorrer do século XVI foi feito o seu magnífico retábulo-mor maneirista, que segundo Vítor Serrão será um dos melhores da Arquidiocese de Évora. A nascente, a uma distância de 300 metros encontramos na cova dos Mártires as ruínas da capela de Santa Comba e Santa Inominata, irmãs de S. Jordão, o primeiro bispo de Évora, e que segundo a tradição pereceram no local nos primeiros anos de 300 d. C., a mando do pretor romano Daciano. Este local está assim ligado à hagiografia portuguesa, sendo seguramente, este acontecimento relatado oralmente por várias gerações, antes da fundação de Portugal, permanecendo nas memórias do povo até aos dias de hoje. No mesmo local estava a fonte Santa, cujas águas tinham propriedades curativas, o que originou peregrinações ao local, que perduraram até ao século XVIII.

História Guadalupe

GUADALUPE

A aldeia N. Sr.ª de Guadalupe dista a 13 km da cidade de Évora, é ainda, composta pequenos pelos pequenos aglomerados urbanos do Monte das Pedras e S. Matias, este último foi sede de uma extinta freguesia do século XVI.

Podemos encontrar próximo desta localidade o Cromeleque dos Almendres, recinto megalítico que data do terceiro milénio antes de Cristo, é um dos mais importantes e antigos monumentos megalíticos da Europa, a par da Anta Grande do Zambujeiro, testemunhos da ocupação humana do território no Neolítico, que já se afigurava muito fértil.

Com o fator de agregação humana surgiu a igreja de N. Sr.ª de Guadalupe, construída no século XVI, com uma planta longitudinal, composta por uma única nave e sacristia, sendo decorada por frescos com cenas da vida da Virgem de Guadalupe. cujo culto terá tido origem no período visigótico na Península Ibérica, tendo-se enraizado em Portugal durante a Idade Média. Este culto vai difundir-se pela América do Sul, sendo atualmente a sua Virgem de Guadalupe padroeira.

História União de Freguesias

União de Freguesias na Época Contemporânea

No âmbito da reforma administrativa nacional, as Freguesias de N. Sr.ª da Tourega e N. Sr.ª de Guadalupe foram anexadas, passando assim a ter uma área de 263,34 KM2, com cerca de 1151 habitantes, o que corresponde a 4,4 habitantes por Km2 (Censos de 2011). Esta União de Freguesias, tem assim, a maior área territorial do concelho de Évora.

Sendo uma União de Freguesias rurais os aglomerados urbanos encontram-se disseminados pelo espaço rural, onde surgem os montes com que têm tido uma acentuada perda de habitantes, devido ao crescente desenvolvimento da agricultura. Por seu turno, têm surgido na área desta União de Freguesias novas formas de ocupação dos espaço como é caso das quintas que surgiram nas herdades da Fontalva e Avessada, que inserem numa nova forma de ocupação dos espaço.

Como maiores núcleos populacionais surgem as aldeias de Valverde, com os lugares da Mitra e N. Sr.ª da Tourega, e N. Sr.ª de Guadalupe, com os lugares do Monte das Pedras e S. Matias. A aldeia de S. Brás do Regedouro com os Montes dos Ruivos, Monte do Tojal, e o lugar da Estação das Alcáçovas (na confluência com o concelho de Viana do Alentejo).

A principal atividade económica pertence ao setor primário,  tendo o setor secundário pouco expressividade dada a proximidade da cidade de Évora, a sua sede de concelho. O ambiente natural é uma mais valia deste território, onde é possível encontrar uma grande variedade de fauna e flora.